O que fazer quando a vida te põe contra a parede?
“Se isso for um teste, eu falhei.”
Competir com a vida provavelmente está te custando caro. Essa mentalidade de “vencer” na queda de braço com sua realidade, não é sustentável.
E na tentativa de sermos bem-sucedidos - seja lá o que isso realmente significa - o que estamos deixando de vivenciar?
Para todas as áreas da vida, há pré-requisitos imaginários que estabelecemos, listas de características que esperamos que cada experiência preencha. E a troco de quê? Para quem?
Na última semana, reassistindo a série “Billions” um diálogo me chamou atenção:
"Wendy: O que você faz quando não há mais manobras a serem feitas? Quando independente do que escolher, será um desastre?
Foley: Uma encruzilhada clássica.
W: (Concorda com a cabeça)
F: Há um ensinamento zen, em que o professor segura uma vareta. Ele diz ao estudante: se você me disser que essa vareta é real, eu vou te bater com ela. Se me disser que não é real, vou te bater com ela. Se não disser nada, vou te bater com ela. Então, o estudante estende a mão, pega a vareta e a quebra. Quando a situação é insustentável, você quebra a maldita vareta."
(Billions, temporada 03, episódio 06, "O terceiro Ortolan")
Você já se sentiu colocado contra a parede por sua própria vida? Em uma situação em que as cobranças, externas ou internas, eram insustentáveis, ou que os próprios padrões que vem se repetindo te levaram a um desgaste que não dá pra continuar?
A solução é uma desistência corajosa. Não da vida, é claro. Mas de manter esses padrões que na verdade ninguém nos exigiu diretamente e que não são da conta de ninguém, mas que como um saco de pedras, nós podemos sim, soltar.
Olhar para a vida como ela é, experienciar o que nos acontece em separado de todas as exigências que a bagagem exige, é urgente.
Precisamos quebrar a vareta.
E o que isso significa realmente?
Se continuarmos lidando com a vida com as mesmas regras com que fizemos até aqui, vamos continuar chegando nas mesmas encruzilhadas. Nas mesmas situações insustentáveis, os mesmos dilemas.
Quando o conjunto de regras, quando os padrões que estamos seguindo, nos levam a uma situação insustentável, precisamos mudar a situação.
Gerar, em nós mesmos, uma mudança de perspectiva de 180 graus. Olhar para as situações de um ângulo tão diferente quanto possível.
Uma mudança de ponto de vista é tão efetiva para mudar uma situação quanto um acontecimento novo.
Meu convite para você hoje é: permita-se considerar uma perspectiva radicalmente diferente.
Ao invés de esperar que as circunstâncias mudem, encontrar maneiras de enxergar o que está dado de forma diferente.
Antes de assumir que há um problema com a sua visão, limpe seus óculos.
Para isso, trago algumas perguntas que podem te ajudar a revisar sua perspectiva atual. Como já de costume, eu recomendo que você as responda por escrito ou gravando áudios, mas não apenas mentalmente. Isso faz toda a diferença.
Quais concepções ou crenças estão influenciando minha perspectiva atual?
Que informações adicionais eu poderia buscar para obter uma nova perspectiva sobre a situação?
Se eu estivesse do lado oposto desta situação, o que eu poderia estar vendo?
Se meus erros, fracassos e rejeições fossem feedbacks da vida, que novas possibilidades eles indicariam?
Se essa situação fosse exatamente o que é necessário para chegar onde eu quero, como eu lidaria diferente com ela?
Coloque essas respostas no papel, e então tire de lá e ponha em prática. E ao longo da semana, vá me contando por aqui ou pelo Instagram, como está impactando os problemas que você vem enfrentando. Quero ouvir notícias suas.